TRÊS INSTITUIÇÕES DIVINAS: A Família, A Igreja e o Governo Civil.
Na medida em que se estuda a Palavra de Deus, pode-se observar que Deus estabelece diferentes "instituições" ou veículos básicos, para manifestar sua Palavra. Cada instituição tem suas responsabilidades específicas de serviço, e cada uma é chamada a realizá-las em respeito a Deus e à Sua Palavra. Na proporção que cada instituição se desvia de seu propósito e responsabilidade originais, haverá o mesmo grau de desequilíbrio e, subseqüentemente, pressão excessiva sobre as outras instituições designadas a funcionar em harmonia uma com a outra. Estas instituições, como veículo do governo de Deus, são designadas para expressar o Reino de Deus sobre a terra numa certa localidade, para que o mundo possa ver como será quando Jesus reinar nos corações dos homens.
Essas instituições são:
a) o Lar (que foi o primeiro a ser estabelecido e designado a fim de manifestar, em primeiro lugar, o governo de Deus, Gn 2:21-24);
b) a Igreja (comunidade redimida da aliança mencionada nas Escrituras como a Noiva de Cristo, ou o Corpo de Cristo, Ef. 1:22-23);
c) o Governo Civil (instituição designada para executar a justiça e as leis de Deus. Rm. 13:1-4).
No "Fórum do Professor", publicado pela Associação Cristã da Lei, temos uma discussão feita por Wallis Metts, na 5ª edição, concernente às Instituições Divinas. Professores cristãos, por exemplo, deve-se lembrar de que na "Escola" não é descrita na Bíblia, em nenhum lugar, como uma instituição. Seja qual for a função do professor na sala de aula, ele deve estar de acordo com os padrões divinamente ordenados para outras instituições. Uma vez que as Escrituras negam ao Governo, por silenciosa missão, a prática da educação das crianças, os professores devem entender que estão atuando dentro dos papéis do Lar e da Igreja. Isso ajudará imensamente na restauração da estrutura bíblica pertinente à educação.
Embora o Lar seja o "eixo" das três instituições, é evidente que, às vezes, a família espiritual (a igreja) ou simplesmente a devoção a Cristo devem preceder a entrega de alguém (compromisso) à família natural (especialmente quando a família natural pode impedir o caminhar da pessoa com o Senhor; veja Mt. 12:46-50; 19:29; Lc. 14:26-33). É também evidente que o Governo Civil, embora ordenado a guardar as leis de Deus, pode também ser um impedimento quando o homem começa a pensar que ele é soberano, no lugar de Deus. No decorrer da História e das próprias Escrituras, isso prova ser um "espinho", impedindo o homem de andar em obediência ao Senhor, praticando as leis dos homens, e não as de Deus. Em tais casos, deve-se obedecer a Deus e agradá-lo, ao invés das leis humanas, contrárias à natureza divina. (veja At. 5:29 e Mt. 22:17-22).
O Lar, entretanto, é o lugar onde Deus estabeleceu o papel do pai, da mãe e também dos filhos, para que pudessem aprender as lições básicas necessárias e tomarem lugar na divulgação de Seu Reino sobre a terra. O Lar também é a produtora chave da existência das outras duas instituições. Tanto a Igreja (através dos dízimos e das ofertas voluntárias do povo de Deus), quanto o Governo Civil (através dos impostos) dependem da produção do Lar. Se uma dessas instituições assume um papel causativo ou domina a vida individual do lar, compromete, então, a produtividade e o papel que Deus estabeleceu, e, portanto, terminará em tirania de uma instituição sobre a outra, ao invés de as três operarem em tripla harmonia. Se, por outro lado, o lar tenta existir fora das outras duas instituições ordenadas por Deus para ajudar a realizar o trabalho de expansão do Evangelho ou na proteção da divulgação do Evangelho, então o lar está em perigo, esquivando-se do mundo, o que o Senhor disse que não fizesse (I Co. 5:10). O lar deve sempre manter o equilíbrio e estar separado das maneiras e filosofias do mundo, ainda que deva alcançar o mundo, transformar outros pela graça de Deus e expandir a influência do Evangelho de Cristo de todos os meios possíveis, sejam quais forem. O quadro, a seguir, ilustra as principais responsabilidades dessas três instituições. Deve ficar bem claro, entretanto, que o lar e a igreja, muitas vezes, chocam-se em suas responsabilidades, sendo a igreja a extensão espiritual da família. A "separação" entre Igreja e Estado ou a separação de responsabilidades, não de prestação de contas (pois Jesus é o Rei Supremo sobre todas as coisas) dá-se na área da Justiça e Proteção. Por todo o V.T., era de se esperar que houvesse separação entre o Rei e o Sacerdote, entretanto, quando o Senhor voltar, esse aspecto de Justiça e Governo serão dados também à Igreja, e não mais haverá separação como a que foi mencionada. Entretanto cabe aos cristãos governar hoje e agora, seguindo a Palavra de Cristo, para que a "graça" seja estendida a todas as nações quando Ele voltar. (veja I Co. 4:4; 6:2-3; Ap. 1:5-7; 20:1-4).
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